27 abril 2011

Papel Fotográfico

PAPEL FOTOGRÁFICO, oque é? E qual sua utilização?

Papel fotográfico é o nome usado, para designar um papel revestido com uma camada de produtos químicos fotossensíveis, que são usados para a produção de impressões fotográficas. Como, ocorreram mudanças, como a fotografia digital, esse termo passou a incluir outros tipos de papeis para a impressão de imagem digital, por exemplo, e assim, o termo passou a ser de fotossensibilidade.
O papel fotográfico é exposto à luz de uma forma controlada, de diversas maneiras, através do uso de um ampliador, seja pela sobreposição de um filme negativo em contato direto com o papel, ou pela colocação de objetos sobre o próprio papel para a produção de um fotograma, como realizamos em primeiro momento em aula. Em todos os casos, o papel é posteriormente revelado para a produção de uma imagem visível.


Variedades de papéis:

Há uma grande variedade de papéis fotográficos e a sua seleção depende não só dos fatores técnicos (densidade do negativo) como também de fatores subjuntivos (assunto, gosto do laboratorista). Os papéis fotográficos possuem quatro camadas: suporte, substrato, emulsão, camada protetora.  Distinguem-se pelo tipo de emulsão, pelo acabamento da sua superfície (textura), brilho, contraste, cor e peso.
Esta escolha depende do grau de definição e reprodução tonal do assunto.
Papeis resinados: Camada de fibra aplicada ao papel, envolvendo ele e evitando que produtos químicos possam vir a regia sobre o próprio papel.
Tem vantagens por terem impermeabilidade, são banhos curtos, a secagem é rápida, tem uma fibra que protege a camada contra a umidade. Sua secagem é uniforme, o tempo de exposição é mais curto e tem estabilidade dimensional.
Logo as desvantagens são que após 50 anos, essa emulsão pode vir apresentar rachaduras em mosaico e eventualmente se desprendera do suporte. Outro problema que pode ser citado aqui é que devido ao corte no papel, a “penetração nas bordas”, permite a entrada do fixador. Deve se refilar de cada lado as cópias.
Papeis Fibra: Papeis com um peso muito maior, possuem somente o papel como suporte, para a camada de gelatina. Dão um aspecto de cartão. A Ilford chama de FB Fiber Base.
Suas vantagens são a longe permanência da imagem, o aspecto visual tátil do papel e a superioridade na qualidade da imagem. As suas desvantagens são uma secagem mais demorada, hora ao invés de minutos, durante o processo o hiposulfito pode ser absorvido pela camada baritada (camada abaixo da emulsão fotossensível, responsável por dar mais brancura a uma base mais lisa e uniforme a imagem fotográfica).
Os papeis fotográficos Ilford MULTIGRADE IV FB são papeis fotográficos à base de fibra de alta qualidade com contraste variável. Esta linha de papeis fotográficos se apresenta em duas diferentes versões: 1K de fibra brilhante e 5K de fibra mate, em diversas variações de tamanho e quantidade de folhas por pacote.

Elementos e propriedades físicas dos papéis:

TEXTURA: Extremamente lisa, rugosa, texturizada, intermediária.
Brilho: É um brilho extremamente forte ate a superfície muito fosca, oque diferencia um papel brilhante do fosco é a visualização dos pretos. O papel brilhante vai aparecer mais contrastado que o fosco, porque o preto parece mais denso ou escuro.
PESO: O peso é referente à sua espessura, leve, média, dupla, simples.
TONALIDADE: A cópia final e sua coloração dependem do tamanho dos grãos, e também é afetada por mudanças na cor da base.
Tons frios: papéis de brometos de prata. Grãos de brometo de pratas geram grãos mais grosseiros, e dão uma imagem de cor preto neutro.
Tons quentes: Papeis de cloreto de prata e cloro-brometo de prata (Ektalure da Kodak) possuem grãos bem menores e geram imagens com tons mais quentes, ou seja, marrons.

Propriedades fotográficas do papel:

Contraste: Define-se a diferença de densidade em duas áreas.
 Papeis de contraste fixo: O papel pode ser muito ou pouco contrastado, isso depende do número do grau dado pela numeração 1, 2, 3, 4,5. Quanto maior o número, mais contrastato.

Papéis de contraste variável: Usando o mesmo papel, e a utilização de filtros coloridos, é possível sensibiliza as camadas, diferentes da emulsão, as quais produziram variação de contraste. Mais vermelho, mais contraste, mais amarelo menos contraste.

Fonte: 

Schisler, Millard W.L Revelação em Preto e Branco: a imagem com qualidade SP: Martins Fontes, 1995
http://pt.wikipedia.org/wiki/Papel_fotogr%C3%A1fico

26 abril 2011

Auto Retrato

Auto retrato, ou seria marca da auto-reflexão?

Estes retratos em que eu, a artista me vejo e deixo que me vejam através do espectador, foi uma experiência um pouco complicada.
 De um modo geral, o foco está sobre o rosto e, no meu caso, sempre em primeiro plano. Eu acredito que, na grande maioria dos auto-retratos que vejo, a visão do artista sobre si próprio é sombria. Por vezes a felicidade está expressa, mas as angústias, medos e frustrações com certeza aparecem mais. É claro que o ser humano não está sempre feliz, e que ninguém poderia tirar todas as fotos sorrindo, bancando um “completo palhaço”, mas o que procuro ressaltar é que gostamos mesmo de mostrar, chamar a atenção para o que é “frio”.
Quando tentei fazer algo nesse sentido, algumas caretas estranhas, o resultado não ficou bom. Tanto que acabei por fugir dessas tendências. Os meus auto-retratos têm influências em sentimentos, estados de espírito... que não deixam de ser, muitas vezes, sombrios. Mas procurei, de várias maneiras, amenizar.. diversão/felicidade/tristeza/liberdade de expressao/idealismo/pensamentos/fugas?????

Que confusão, já nem sei mais o que quero retratar.. e você, sabe como faria o seu?


Para a iluminação das fotos usei luz natural, luz disponivel e luz fotográfica.

*Luz Fotográfica - Luz Contínua, Flash

*Luz Natural - Crepúsculo

*Luz Disponível - Chamas - uma vela apenas, projetando fortes sombras; Luz amarelada 
- Lâmpada incandescente






















Abelardo Morell - e a câmera obscura

 

Antes de comentar sobre o vídeo,  Abelardo Morell é considerado um dos fotógrafos mais inovadores de um grupo de fotógrafos vanguardistas que, nos anos 90, revelou-se contra a noção da fotografia como uma atividade culturalmente controlada.

Para realizar este processo fotográfico é preciso um quarto escuro, nossa "câmera obscura".

Assista o vídeo para ver como é feito essas fotos, é em inglês mas não é preciso entender a língua para entender os fatos, as imagens falam por si só.
Morel foi incentivado pelo seu filho Brady,

o olhar infantil, a visao inocente da criança, revigorou seu olhar, e tornou-se o objeto principal de trabalho.
A luz que projeta as sombras na parede é um reflexo da luz verdadeira. A referência do assunto fotografado pode variar, sem necessariamente se fixar ou se limitar a um só tema.

Este exercício é realmente surpreendente, é completamente avesso às tradições do ocidente. Eu gostei, e acho que vocês vão gostar também.



Algumas fotos de Morell:

Times Square em Nova Iorque, por Abelardo Morell

Ponte do Brooklyn em Nova Iorque, por Abelardo Morell

Gran Canal, por Abelardo Morell

 Edifício da Chrysler em Nova Iorque, por Abelardo Morell



Sistemas de Zonas - Ansel Adams

Ansel Adams




Ansel Adams (1902 — 1984)


O chamado Sistema de Zonas foi criado por Ansel Adams (1902-1984) em parceria com Fred Archer. É nada mais que um método fotográfico, com a idéia de criar uma nomenclatura adequada para a luz, uma técnica fotográfica para determinar a exposição ideal do filme e seu processamento fotográfico.

Ansel Adams foi um fotógrafo dos Estados Unidos da América, trabalhou essencialmente no campo da fotografia paisagística. Adams era músico, tinha um grande talento musical, aprendeu sozinho a tocar piano com 12 anos de idade. Sua vontade de transpor para a fotografia os tons de cinzas como notas musicais deram origem à sua metodologia. Ela estabelece relações entre os vários valores de luz do sujeito e as correspondentes densidades registradas no negativo.

Era uma tecnologia inovadora e de baixo custo. Qualquer fotografia contém menos detalhes que o olho humano vê, daí surge a necessidade de se medir a luz sobre o assunto fotografado. Utiliza-se o fotômetro, que é um instrumento que permite combinar a abertura do diafragma e velocidade do obturador.

A capacidade dos filmes negativos em registrar tons fica restrita a 10 tons diferentes que vão
do preto até o branco da base do papel.  O espectro tonal do filme foi dividido em dez zonas e para cada uma destas zonas foi atribuída uma definição de como ela deveria ser representada na ampliação.



Vamos simplificar o conceito original de Adams:


Zona  Tons  Observações
0   5.0    Preto máximo do papel fotográfico. Preto puro.
I  4.0   Tom percebido com o preto, levemente diferenciado do –3.0.
II   3.0   Cinza escuro, limite entre o visível e invisível de texturas.
III   2.0   Primeiro tom de cinza escuro.
IV   1.0   Cinza Intermediário.
V   0       Cinza médio padrão. Índice de reflexão 18%.
VI   +1.0  Cinza claro.
VII   +2.0  Tom de cinza mais claro, com percepção definida das texturas.
VIII   +3.0  Último tom de cinza claro, onde as texturas não são mais reconhecidas.
IX  +4.0  Branco máximo do papel fotográfico. Branco puro.


 
Podemos ainda subdividir esta escala em 0.5 ou até 0.3 pontos, limite de percepção dos filmes  profissionais ou  das câmaras digitais DSLR.

Para criar o cinza médio que fica na zona V, vou citar um exercício retirado de um site mais abaixo.

Sempre que expomos o filme com a fotometria em 0, teremos o padrão cinza médio, também utilizado pelos fabricantes para aferirem seus respectivos fotômetros e a vasta gama de sensibilidade dos filmes. Analisando uma cena, devemos saber em qual zonas vamos trabalhar e oque é importante retratar na nossa cena. Podemos usar o fotômetro que pode medir este ponto importante, e assim para a exposição recomendada que aponta para a zona V e compensamos esta exposição abrindo e fechando pontos para chegar na mesma.  Assim alcançaremos resultados mais próximos do que enxergamos e possibilita criarmos o controle tonal, como  conhecemos todos os processos da imagem, podemos manipular a produção da imagem.




Segue abaixo algumas fotografias famosas de Adams e o exercicio para criar o cinza neutro.


Moonrise, Hernandez

O grande plano geral mostra a imensidão do céu escuro do Novo México. Esta é a foto mais famosa de Ansel Adams. Em ambientes escuros, o tempo de exposição tem que ser maior; foi isso que Ansel Adams fez.



Jeffrey Pine, Sentinel Dome

A árvore retorcida no plano geral dá uma sensação de movimento e desespero. A impressão que dá é que ela tenta alcançar a pedra, onde se encontra sua sombra.

 

 

 Church, Taos Pueblo

Ansel optou pelo plano geral para fotografar a igrejinha. O enquadramento é interessante, porque a parede da frente forma uma espécie de moldura para a igreja detrás, mais especificamente para a porta.

 

 

Abaixo temos a imagem que constitui uma espécie de marco inicial do reconhecimento do trabalho fotográfico de Adams. Esta imagem foi fotografada no parque Yosemite, conhecida como Monolith, a Face of Half Dome, na sua primeira grande viagem. 

Monolith, Face of Half Dome


 

Agora, vamos ver como construimos o nosso tão querido CINZA NEUTRO:

Para compreender melhor esta escala, fotografe uma placa de Isopor Branca. Fotômetro, procurando sempre manter o fotômetro em 5.6 e variando a velocidade. Exponha corretamente seguindo fielmente a leitura do fotômetro. Obteremos assim o Valor 0 (Cinza médio 18%).

Agora, é só abrir +0.5 ponto (entre 5.6 e 4). Desta forma obteremos o cinza claro.
Abrir um ponto, vai ter o cinza Claro, abrindo mais um ponto, terás o Branco real, com a textura do Isopor.
Agora partindo da Leitura Normal do Fotômetro (Cinza Médio) feche um ponto.
Terás o cinza escuro, em seguida, feche mais um ponto terá o preto com textura.
Este é o fundamento básico de Ansel Adams! Simples, não?
Agora, se der algum problema, teu fotômetro deve não deve estar calibrado.

Bibliografia:


http://pt.wikipedia.org/wiki/Ansel_Adams






EXTRAS: Oque é o cartão cinza?
  Cartão cinza é um cartão feito de papel ou plástico, que reflete uma porcentagem conhecida de luz que incide sobre ele. Tem um lado cinzento, que reflete 18% da luz e que corresponde ao cinza médio na escala de cinzas. O outro lado geralmente é branco e reflete 90% da luz. É de grande importância, pois serve como padrão na aferição de fotômetros e flashmeters para uma perfeita exposição fotográfica (EV). A medição é feita contra o cartão cinza que é introduzido no cenário. Esta técnica de medir a exposição pela luz refletida pelo cartão cinza Faz uma leitura similar à da luz incidente em que a exposição não é influenciada nem pelo reflexo de objetos brilhantes, nem pela forma dos objetos iluminados e nem pelo peso das sombras presentes no cenário.

Extraído de: http://betahoffmannfotos.blogspot.com/2010/12/cartao-cinza-e-um-cartao-de-papel-ou.html

Cartão Cinza
 

 Boas fotos!

Luisa Dorr

 

 

 












25 abril 2011

PINHOLE - Agora a câmera é uma sala de aula

E SE A CÂMERA FOTOGRAFICA FOSSE UMA SALA E NÃO UMA LATA?

Genial.  Para isso, a sala de aula foi totalmente fechada. Sem entrar luz alguma, logo se tornou nossa câmera escura.
Foi feito um pequeno furo para o lado externo da sala de aula, que possibilitava a entrada de um feixe de luz.
Nós, os alunos, estávamos posicionados dentro da sala de aula observando o modelo (um outro aluno) que estava do lado de fora, em frente a este orifício. A imagem foi remetida para dentro da sala de aula, projetada de forma invertida.

Veja:



Eduardo Biermann (créditos)


O modelo está posicionado atrás da porta, atrás do painel que reflete a imagem, veja:

Eduardo Bierman 

Eduardo Bierman 

Eduardo Bierman 

Eduardo Bierman 

Eduardo Bierman

 Fotografia de Juliano Araujo


Agora veja a porta com o orifício onde passa a luz e a imagem para dentro da sala(com a iluminação preparada).


Ebiermann


Agora olhe as fotografias feitas de fora da sala de aula e dentro da sala de aula. A nossa câmera.

 Ebiermann

Fotografia acima feita do lado de fora da sala de aula.

Fotografias abaixo feitas de dentro da sala de aula (câmera).

  J_araujo.
J_araujo

Acima nossa turma da ESPM, abaixo uma pinhole minha.

J_araujo


Gostou? Adorei a atividade!!!









Palestra Trash The Dress



Paris não é mais bonito que Tramandai, e nem mais feio que Porto Alegre



Andre Soares veio com a proposta de nos falar sobre a nova tendência no mundo dos casamentos, chamada de Trash the Dress, mas a conversa foi muito além. Na tradução literal Trash the Dress, seria, "jogar o vestido no lixo", mas na verdade é muito mais do que isso. É o movimento fotográfico que nasceu nos Estados Unidos Da América, que visa contrastar os trajes elegantes dos noivos com locais completamente inesperados, inusitados, como por exemplo: praia, campo, urbano. A idéia é criar algo que não possa ser feito no dia do casamento. A grande sacada é encontrar um lugar que tenha a ver com o casal, que tenha algum sentido, e a ousadia fica por conta, do não pudor com os trajes. Este ensaio é sempre realizado após o casamento.
A logística, ética e estética caminham juntas com as obras e a maneira de ser/agir de André. Oque estou querendo dizer com isso, é que além de ser um inquestionável artista fotográfico é também um bom empreendedor. Ele nos contou um pouco sobre sua história da vida, desde o estúdio que abria apenas no verão, as  milhares de orações que sua mãe fazia sempre antes de revelar algum filme fotográfico, as engraçadas historias de “sem photoshop oque fazer”, são inúmeras, enfim, sua humildade principalmente, junto com seu bom humor conquistou a todos. Oque gostei muito e ele ressalto várias vezes, é seu amor por sua cidade Tramandai. André deixou bem claro que você pode ser oque quiser, não importa onde more. É claro que todos nós sabemos disto, mas é preciso viver isto também, e não apenas  falar. Ele deu um exemplo que chamou minha atenção:
Paris não é mais bonito que Tramandai, e nem mais feia que Porto Alegre. Você deve trabalhar com oque pode, e fazer o melhor com isso. A logística de suas fotos funciona bem. Existe plasticidade. Ele trabalha muito bem com os equipamentos, existe sempre ética, pois pelo que noto, são fotos que foram feitas para um bem comum, sem atrapalhar ninguém, e seus retratos são esteticamente a grande maioria, muito belos.
Andre também nos contou que contou com a sorte além do seu talento. Relatou um acontecimento que levou ele a fotografar na Europa. Realizou aqui em Porto Alegre um aniversario de 60 anos de um cirurgião plástico. Este cirurgião havia visto seu trabalho, pois o rapaz fotografou o casamento de sua sobrinha. Ele achou o trabalho excelente e contratou André para sua festa também. Alguns meses depois, André foi chamado novamente para um encontro com o cirurgião e acabou por fotografar o casamento de sua filha que morava na Holanda, mas viria para o Brasil se casar. Resumo da história, a festa foi um luxo só, durou de quinta-feira a domingo, o patriarca da família, aquele mesmo senhor citado logo a cima, realizou todos os detalhes.  A festa foi genial, o pai da noiva fez questão de misturar as duas culturas, tanto na hora da missa que foi traduzida inteira, como nas músicas.  Foi neste momento que André descobriu que o noivo era Conde, citou ele.
Passada a festa, conversa vai, conversa vem, André junto com a sua Equipe do Estúdio Paragem foram para Europa na Holanda realizar a segunda parte do casamento. A festa foi realizada nada mais, nada menos que em um Castelo. O noivo chegou com a noiva em uma bicicleta, cultura fortíssima no País. As fotos do casamento no Brasil, tanto como na Holanda, ficaram lindíssimas. Realizaram um trash do casal, na cidade de Amsterdam. Quando finalizaram o trabalho na Holanda, viajaram pela Europa realizando ensaios Trash The Dress, de todos os tipos por todas as partes.
Finalizando minhas conclusões, acredito que o modo com que André trabalha o fez crescer. Organizado, dedicado, prestativo, empreendedor e sensível. Antes de tudo, a fotografia é sensibilidade, e para fotógrafos sensíveis existe e sempre existirá espaço em qualquer mercado. Um pouco dessa sensibilidade que  ele tem é oque busco colocar diariamente em minhas fotos. A palestra com André foi em uma palavra: expressiva.

Luisa Dorr




PINHOLE

Fotografia Pinhole



Pinhole é um processo diferente de se fotografar, sem necessidade de equipamentos convencionais. É construída uma câmera que utiliza materiais simples: uma caixa de sapato, de fósforo ou uma lata, utilizada por mim. O significado de Pinhole ou Pin-Hole pode ser traduzido como “buraco de agulha”, é fotografia estenopeica.
É, em outras palavras, uma câmera fotográfica que não possui lentes, apenas um pequeno furo. Ele funciona como lente e diafragma fixo no lugar de uma objetiva. Basicamente, um compartimento onde a luz não penetra. Ela consiste numa maneira de ver uma imagem real através de uma câmara escura. A luz é captada para dentro da câmara e, sofrendo um movimento de inversão, a imagem é projetada para a parede oposta ao orifício de cabeça para baixo.
A diferença básica da fotografia pinhole para uma convencional está em sua ótica. A imagem produzida em uma pinhole apresenta uma profundidade de campo quase infinita, ou seja, tem um foco suave em todos os planos da cena, tudo esta focado. Para que isso aconteça de maneira eficiente, a abertura do furo deve ser bem pequena. As câmaras pinhole requerem um tempo maior de exposição do que as câmeras convencionais, devido à pequena abertura. Pode durar de cinco segundo até uma hora. Para visualização da imagem, ela pode ser projetada em uma tela translúcida em "tempo-real" ou ser feita com filme ou um dispositivo de carga acoplado (CCD).
Por ser de fácil construção, a pinhole pode ser utilizada como recurso didático em diferentes áreas do conhecimento.
Veja algumas fotos realizadas durante a noite, onde o tempo de exposição de luz da câmera fotográfica precisa ser muito maior, pela falta de luz.
Nestas imagens a lata ficou em exposição durante 20 minutos. O motivo das fotos foi cadeiras, a idéia era transmitir sombras e certo degradê na luz.

Luisa Dorr




 Algumas fotografias tiradas por mim, com uma câmera PINHOLE feita com uma lata de Nescau. Veja como o papel é cortado e sua imagem ampliada:



 Negativo



Postivo

Gostou? É divertido, faça a sua.




Abaixo 3 imagens retiradas do google imagens para ilustrar algumas 
câmeras Pinhole e materiais utilizados para a construção.

Imagem 1



Imagem 2

Imagem 3 (Existem algumas Pinhole profissionais no mercado, onde o orificio é feito a lazer, garantindo precisão das medidas).